sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Ondas

Agora penso novamente que vou explodir,
Tantas incertezas e vazios, silêncios assustadores,
O que fiz de mim, do meu eu infinito e insuperável,
As pessoas, a cidade, essa vida comum,
Ausente de vida e luz, à luz do nada,
O comodismo que me tomou não consegue sufocar meus anseios,
Sou arquiteta do meu hoje, eu sei,
Não há ainda em mim futuro que possa convencer,
Hoje, apenas isso, mais um dia, ou noite, ou nada,
Sinto dores, essas não passam, dores na alma...
Sinto mais dores, dores no corpo, para essas não conheço remédio.
Onde eu vou parar?
Até onde vou suportar essas imposições dos caminhos errôneos que trilhei.
Para que estou aqui agora?
Melhor.
Para onde irei?
Será que lá, algum dia, meu mundo existirá?
Será que lá, nalgum momento poderei ouvir o mar,
sentir o cheiro de vida?
Ver as ondas arrebentarem nas pedras?
E sentir meus olhos ofuscarem o brilho do horizonte infinito?
Ah meu deus..., cadê eu?

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